segunda-feira, junho 12, 2006

The mother of all fuck-ups

"A religião é o ópio do povo", escrevia Karl Marx. Permitam-me que extenda a ideia, a crença é o ópio da humanidade. Aparentemente nascemos com esse triste defeito de necessitar de acreditar em algo. Seja a crença em que a nossa equipa vai ganhar o campeonato, que aquele político vai mudar o país, que existe um deus todo poderoso ou que o patrão nos vai dar um aumento, biliões de pessoas baseiam as suas vidas na esperança vaga de que o amanhã trará algo de melhor. Mesmo que nos esforçemos por o evitar, inevitavelmente acabamos por caír numa crença, acabamos por acreditar que algo de bom vai acontecer... o resultado é quase inevitavelmente o desapontamento. Permitimo-nos acreditar. Vivemos de esperanças, alimentamo-nos de sonhos, até ao dia em que os castelos que construímos nas nuvens desabam sobre a nossa cabeça. Resta-nos depois um suspiro, pegar nos escombros e começar lentamente a construir um novo castelo de areia, só para a proxima onda que espraiar na areia o voltar a tombar. On and on and on...

2 comentários:

Ana Elias disse...

and on and on and on and on and on
and on and on and on and on and on
and on and on and on and on and on
and on and on and on and on and on
and on and on and on and on and on
and on and on and on and on and on
and on and on and on and on and on... escrevo isto tantas e tantas vezes...para manter a esperança (crença) de que a vida seja longa ;)

Filipe disse...

Eu vivo na esperança de um destes dias ganhar o Euromilhoes :)