terça-feira, agosto 11, 2009

Biodiversidade das alturas


Só nos ultimos 10 anos foram descritas 350 novas espécies de animais nos Himalaias. Zonas de acesso extremamente dificil, os Himalaias sempre foram uma região de dificil acesso, não sendo diferente a situação dos biólogos e naturalistas. Contudo, esforços recentes levaram à descrição de “244 plantas, 16 anfíbios, 16 répteis, 14 peixes, duas aves, dois mamíferos e pelo menos 60 invertebrados”. São sobretudo de salientar as descobertas de novos vertebrados, pois estes são os grupos mais bem estudados e já são raras as ocasiões em que novas espécies de anfíbios, répteis, aves e mamíferos são descritas.
Estas descobertas demonstraram claramente a riqueza destas regiões remotas. São também uma nova chamda de alerta para a problemática das alterações climáticas, pois as regiões de alta montanha estão entre aquelas que mais têm sofrido os seus efeitos, com subidas rapidas das temperaturas médias e dramáticas alterações nos habitats alpinos. O exemplo clássico são "as neves do Kilimanjaro", já practicamente não existentes, mas estima-se que a nível mundial cerca de 50% dos glaciares de montanha tenham já desaparecido, acarretando não só alterações nos habitats das espécies de alta montanha e a sua ameaça de extinção, mas também o desaparecimento rapido destes que são os mais importantes reservatórios de água doce para abastecimento humano. Convém lembrar que os glaciares alpinos são a fonte da esmagadora maioria dos nossos grandes rios e, por exemplo, no caso dos Himalaias, são a origem de todos os grandes rios asiáticos, de cuja água doce depende um população de 2 biliões de seres humanos.

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