segunda-feira, agosto 01, 2011

Atmosfera

Quando olhamos para o céu, parece-nos que não tem fim... Pensamos descuidadamente sobre o ilimitado oceano de ar, sentamo-nos numa nave espacial, abandonamos a Terra e, em menos de dez minutos, atravessamos a camada de ar, e por trás dela nada existe! Para lá do ar só existe o vazio, o frio e a escuridão. O “ilimitado” céu azul, o oceano que nos permite respirar e nos protege do vazio negro e da morte, não é mais do que uma camada infinitesimamente fina. Como é perigoso ameaçar-se a mais ínfima porção deste suporte da vida!

Vladimir Shatalov (astronauta russo)


D
o grego antigo: ἀτμός, vapor, ar, e σφαῖρα, esfera, a atmosfera é uma camada de gases que cobre os corpos com massa suficiente para gerar uma força gravítica que evite a perda dos gases para o espaço. A nossa atmosfera, aquilo que nos permite respirar e viver, é uma camada com pouco mais de 100 km de espessura que reveste o planeta Terra. Composta essencialmente por azoto e oxigénio, a nossa atmosfera tem também pequenas quantidades de árgon, dióxido de carbono e vapor de água, este último formando aquilo que conhecemos por nuvens.
A nossa atmosfera pesa uns impressionantes 5 milhões de milhões de milhões de quilos, mas é apesar disso sensível às nossas loucuras, tendo hoje uma concentração crescente de gases como o dióxido de carbono e o metano, responsáveis pelo efeito de estufa e através deste das alterações climáticas que estamos actualmente a sofrer- Outro gás importante, o ozono, vai-se tornando cada vez mais raro na altas atmosfera, pondo em causa a manutenção da camada de ozono, a nossa única protecção da radiação cósmica!
Ninguém como os astronautas teve a verdadeira noção do quão frágil a nossa atmosfera é. Ninguém como eles observou em primeira mão como é na verdade fina e quase insignificante. Contudo, esta ínfima camada de gases, na sua maioria transparentes, é aquilo que nos permite viver neste planeta. Talvez já fosse altura de tomarmos melhor conta de algo que é ao mesmo tempo tão insignificante na grande escala das coisas, mas tão absolutamente essencial para nós!

Sem comentários: